Literatura, escrita e amor pelos livros
Olá!
Se você está recebendo este e-mail, é porque se cadastrou no formulário que eu divulguei nas minhas redes sociais recentemente. E, se fez isso, deve ser porque tem interesse em acompanhar a minha escrita ou simplesmente saber mais sobre o meu novo livro, Elas Falam Por Si. Então, acho que preciso primeiro agradecer por estar aqui.
Mas, se você não tem muita ideia de quem eu sou e do que faço, acho que precisamos de uma breve apresentação.
Oi, meu nome é Lethycia!
Sou escritora e também jornalista. Nasci em Brasília, e há alguns anos vivo em Goiânia. Tenho dois gatos pelos quais sou apaixonada, e amo ouvir MPB, pop e rock. Acho que isso já é um bom começo.
No ano de 2018, quando estava terminando a minha graduação em Jornalismo, eu escrevi um livro onde usava jornalismo e literatura para narrar as trajetórias de cinco escritoras que nasceram ou vivem em Goiás. Esse livro é Elas Falam Por Si, e agora, só depois de dois anos, estou preparando a publicação independente dele. Você poder ler um pouco mais sobre isso lendo essa thread que postei no Twitter.
E essa newsletter foi a forma que eu encontrei de me aproximar mais de pessoas que se interessam por esse meu trabalho. É por isso que, aqui, vou dar algumas informações interessantes sobre Elas Falam Por Si.
Como uma ideia nasce
Acho que é normal, quando lemos um livro muito bom, nos perguntarmos como foi que a pessoa que escreveu teve aquela ideia. Algumas histórias surgem a partir de pesquisa; outras, são inspiradas em algo da vida da pessoa, ou de alguém que ela conhece; outras vêm da necessidade de trabalhar um tema específico. Elas Falam Por Si surgiu com o tédio de um ônibus lotado.
Eu lembro que era o meu primeiro dia de aula em 2018, e que a ideia surgiu enquanto eu olhava a cidade pela janela de um Eixo Anhanguera cheio de gente, ouvindo música no meu celular (com fones de ouvido, claro). Foi a primeira vez que pensei que em escrever sobre mulheres escritoras. E me lembro também de achar engraçado que eu nunca tivesse pensado nisso antes, já que a literatura fez parte de toda a minha graduação e que muitas vezes eu aproximei do jornalismo os livros e o amor pela leitura.
Mas não aconteceu tudo de uma vez só.
Eu precisei de muitas semanas, pesquisando, fazendo anotações, lendo livros literários e acadêmicos, artigos científicos e de opinião, para que a ideia do meu livro-reportagem tomasse a forma que precisa quando comecei a escrevê-lo. E ele ainda se transformou bastante durante a sua execução e até mesmo durante o processo de edição para a publicação em formato e-book.
Primeiro, eu pensava em comparar livros contemporâneos de autoras goianas com livros mais antigos, identificando temas comuns e a analisando a representação de personagens femininas. Um pouco de pesquisa para a fundamentação teórica me mostrou que isso não seria possível durante o tempo que eu tinha para fazer e entregar um Trabalho de Conclusão de Curso.
E eu achava que as escritoras contemporâneas se concentravam em escrever apenas sobre mulheres e a partir de (ou com inspiração em) experiências próprias. Por isso, o nome inicial do meu projeto era Elas Falam de Si. A troca de uma simples preposição no título - "por" ao invés de "de" - foi uma sugestão da minha orientadora, e mudou todo o significado. Mas antes disso, eu cheguei até mesmo a escrever um artigo e me apresentar a respeito da minha pesquisa em um evento usando o título antigo.
Muita coisa aconteceu enquanto eu produzia a primeira versão do livro. Tive que ir a vários lugares de Goiânia para fazer as entrevistas, marcar e remarcar encontros, andar por aí carregando vários livros pesados na mochila e inclusive ler alguns deles em pé dentro de ônibus, porque o meu tempo era curto.
Passei dias na frente do computador transcrevendo entrevistas que tinham sido gravadas em áudio - isso mesmo, ouvindo a gravação e anotando, num arquivo do Word, palavra por palavra. Isso me rendeu várias dores no pulso até que descobri uma forma de acelerar o processo, e não, não usei nenhum aplicativo ou programa de computador para fazer o serviço por mim. Fiz a capa sozinha, a partir da ilustração em aquarela que encomendei com uma colega, e eu nem sabia que dava conta disso!
Essa era a primeira capa de EFPS. Um pouco amadora, eu sei!
Espera só pra ver a nova, que ainda vou revelar!
E durante a diagramação do livro - isto é, enquanto eu pegava o texto digitado e o adaptava para o formato de livro, organizando visualmente texto, títulos, margens, número de páginas, ilustrações e sumário, quase perdi todo o trabalho! Cheguei ao ponto de ir chorando até a universidade para pedir socorro de um professor, e tive que contratar, de última hora, uma pessoa para recuperar o meu arquivo da diagramação e terminar o serviço.
Mas nem tudo foi perrengue. No meio de tudo isso, eu também ganhei livros de presente, conheci pessoas incríveis, recebi o apoio de muita gente e ganhei até mesmo ensaio fotográfico de graça, para a foto da orelha. Nesse ensaio, foi feita uma foto que eu uso em currículos até hoje.
A história de como Elas Falam Por Si veio ao mundo é incrível, e eu devo tudo isso a um número enorme de pessoas que passaram pela minha vida. A foto abaixo foi a primeira que eu postei no Instagram mostrando a capa do livro, no dia seguinte após receber da gráfica os 4 exemplares que tinha mandado imprimir, apenas para a defesa do TCC, mais um de brinde.
Essa outra é do dia em que defendi o trabalho, em uma das salas da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goias.
Da esquerda para a direta: Luana Borges, que foi minha professora e participou da banca avaliadora;
eu; e Angelita Lima, minha orientadora nessa grande aventura.
Contei toda essa história aqui para que você tenha uma ideia do quanto esse livro significa pra mim, e de que ele está na minha vida há muito tempo. E daqui a pouco, estará também nas vidas de outras pessoas, que vão poder ler e conhecer as histórias das escritoras que entrevistei.
Eu espero que você tenha gostado de saber de pelo menos um pouco dessas coisas todas, e que se lembre de que:
Uma boa ideia às vezes precisa de tempo para amadurecer;
Muitas pessoas podem fazer parte do processo.
Quero encerrar este e-mail pedindo que, se você escreve, continue acreditando nisso.
Um abraço,
Lethycia Dias
Para me acompanhar melhor, você pode me encontrar nos links abaixo:
Twitter | Instagram | Wattpad | Medium | Amazon