Recomendações para esta semana
Olá!
Estamos na quinta edição de Uma mulher que escreve, e hoje, eu não tenho grandes novidades para contar. Não tive nenhuma ideia incrível para um próximo livro. Meu lançamento não atingiu números estrondosos, como é de se esperar de um livro de não-ficção - embora esteja em destaque em suas categorias na Amazon. Não hitei com um tweet engraçadinho. Não fui agraciada com o "Arrasta pra cima" dos stories do Instagram. Ainda não retomei o projeto do qual falei na news semana passada, porque não tive tempo. Mas consegui fazer uma coisa que eu queria muito no meu Trabalho De Pagar As Contas, e estou feliz com isso. Cada coisa de uma vez.
A boa notícia é que Elas Falam Por Si recebeu sua primeira avaliação na Amazon, e quero pedir que, se você está lendo ou já leu meu novo livro, também faça a sua. Caso a Amazon não te permita avaliar produtos, espere um pouco para poder fazer no Skoob ou Goodreads. O livro ainda não está cadastrado em nenhum dos dois sites, porque a Amazon ainda não liberou o número de páginas do livro. Mas, assim que eu tiver acesso a essa informação, farei o cadastro nas duas redes sociais de leitores.
Assim, a newsletter de hoje será um pouco diferente das anteriores. Vou falar um pouco menos de mim e um pouco mais coisas interessantes que eu consumi ou das quais tive conhecimento. Encarem como uma grande lista de recomendações. Fiz um banner especial para isso, e acho que vou passar a incluí-lo no fim de cada e-mail que envio para vocês.
Este mês, o podcast Curta Ficção está fazendo em seu canal no YouTube algumas lives com convidados para discutir a escrita de ficção especulativa nas diferentes regiões do Brasil. Enquanto escrevo este e-mail, já aconteceram as lives sobre o Nordeste, o Sudeste e o Centro-Oeste. Mas, no momento em que você lê isso, já deve ter acontecido a próxima live. Eu só consegui assistir ao-vivo à do Sudeste, com Eric Novello, Lavínia Rocha, Johnatan Marques e Jana Bianchi. Mas ouvi as outras duas pelo podcast, e tive a surpresa de ouvir meu nome mencionado no episódio sobre o Centro-Oeste. Recomendo que você assista aos vídeos, que ficaram salvos no canal, ou ouça os episódios do podcast no Spotify ou no agregador de podcasts de sua preferência.
Na sexta-feira, terminei de ler O caçador cibernético da Rua 13, fantasia de Fabio Kabral ambientada em um universo afrocentrado, com referências de saberes e visões de mundo de pessoas negras, que conta a história de João Arolê, um caçador de espíritos malignos em busca de redenção de um passado sangrento. Eu simplesmente amei a construção desse mundo! Já postei uma resenha no meu instagram, caso você queira saber mais.
No sábado, li Aída: um conto de liberdade, de Mariana Ribeiro. É uma ficção histórica protagonizada por Aída Crioula, uma mulher negra nascida livre que foi escravizada, e que participa de um levante de pessoas escravizadas que desejam formar um quilombo. Achei esse conto diferente de qualquer outra ficção histórica brasileira que retrata pessoas negras que eu já li antes.
O motivo é que Mariana Ribeiro deu agência aos seus personagens. Nessa história, somos inseridos em uma narrativa que nos permite conhecer os desejos, anseios e pensamentos de pessoas negras, enquanto pessoas com autonomia de lutar pelo próprio destino, individualmente, e de querer um futuro melhor para os seus, enquanto grupo.
Isso pode parecer muito simples, mas é algo que eu me lembro de ver muito pouco em produções brasileiras. Eu me lembro de ver, em novelas de época - especialmente naquelas que retratam a escravidão ou algum período pouco após a abolição da escravatura, pessoas negras subservientes, aceitando passivamente sua condição de escravizadas, ou então, muito gratas aos brancos por terem sido libertas, mesmo não sendo tratadas pela sociedade como iguais ou respeitadas. Aída tem uma ótica muito diferente dessa, nos lembrando que houve sim revoltas contra a escravidão, e que pessoas negras protagonizaram isso. Recomendo muito a leitura desse conto!
O livro Heroínas, da Editora Corvus, reimagina mulheres históricas em contos de fantasia escritos por mulheres que eu admiro muito, e está na reta final de sua campanha de financiamento coletivo. Na verdade, restam dois dias de campanha. No sábado, criei um incentivo para que mais pessoas apoiem esse livro: até o fim da campanha, novos apoiadores podem ganhar marcadores de página de Mesmo que eu vá embora. Para isso, basta apoiar o financiamento coletivo de Heroínas e enviar um e-mail com o comprovante + seu nome + seu endereço completo para lethyciasdias@gmail.com.
Imagem de divulgação do livro Heroínas. Conheça a campanha aqui.
Marcador de página de Mesmo que eu vá embora que você pode receber!
Essas são as recomendações que eu tenho para hoje. Espero que você goste de conhecer esses livros e de ouvir/assistir às lives do Curta Ficção. Se quiser e puder apoiar Heroínas, não se esqueça de enviar seu e-mail para receber marcadores do meu conto.
Um abraço,
Lethycia.
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Elas Falam Por Si
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