Ed. 6 - Retomando projetos
Olá!
Mais uma semana passou e estamos na sexta edição de Uma mulher que escreve. Se você está recebendo este e-mail, foi porque preencheu o formulário de um link divulgado nas minhas redes sociais, ou porque deixou seu endereço de e-mail na caixinha de perguntas dos stories do meu instagram. Agradeço por estar acompanhando, mas caso esteja de saco cheio das minhas reflexões, você pode se desinscrever da newsletter e não tem nenhum problema nisso.
Durante essa semana, estive bastante introspectiva. Houve muito tempo livre no meu trabalho, e eu usei boa parte dele lendo e-books pelo aplicativo do Kindle no meu celular, além de pensando. Em geral, entrar numa espiral de pensamentos me dá certo medo de até onde posso chegar, porque pensar demais normalmente é o que me faz ficar sem dormir e passar o dia seguinte cansada. Mas, às vezes, meus pensamentos me levam até um lugar confortável, onde eu penso no que desejo para mim como escritora e no tipo de história que desejo contar.
E, durante a última semana, eu passei muito tempo nesse lugar, tendo conversas mentais com as minhas personagens e pensando no que elas precisam viver e descobrir. Tentando estabelecer o equilíbrio entre o que elas desejam e o que elas precisam. Tem sido legal visitar esse lugar e sentir que estou me reconectando de novo com os meus projetos de escrita. Eu não quero que essa conexão acabe. Eu não quero que vão embora os sentimentos que essas histórias me trazem. Não quero que nada disso se perca. E, embora eu ainda não tenha uma história inteira planejada - apenas metade dela - cada vez mais venho pensando que começar a escrevê-la pode ser uma boa forma de pensar melhor nos conflitos e em como resolvê-las para chegar ao fim da história.
Mas como escrever esse começo trabalhando das 8h às 18h, fazendo tarefas domésticas, criando conteúdo para um instagram literário, mantendo minhas leituras e ainda separando um tempo no fim de semana para me divertir e cuidar de mim? Bom, essa provavelmente é uma pergunta que todo escritor brasileiro faz! E cada pessoa arruma o seu jeito de equilibrar as coisas, alguns com mais ou menos apoio de pessoas próximas - e, às vezes, com nenhum.
Mas nos últimos dias, tenho pensado seriamente em adotar algo que já vi vários escritores falando que fazem: acordar uma hora mais cedo para escrever antes do horário de expediente. Tempos atrás, essa sugestão seria impensável para mim, porque no emprego que eu tinha no inicio do ano, antes da pandemia, eu precisava acordar às 5h35 para me arrumar e comer alguma coisa antes de sair de casa às 6h15, pegando 3 ônibus para ir trabalhar em um bairro nobre de Goiânia. Hoje, porém, eu trabalho perto de casa e posso sair confortavelmente 20 minutos antes das 8h00. E, se eu dormisse um pouquinho menos, talvez poderia escrever um pouco todos os dias. Poderia criar aquilo que chamam de "rotina de escrita", isto é, escrever todos os dias, mantendo um ritmo de produção constante. É isso, e não inspiração, que leva escritores a terminarem seus livros. E eu preciso tirar da cabeça a ideia de voltar a escrever "quando tiver tempo", porque, quando não priorizamos uma tarefa e não separamos tempo para realizá-la, nunca sobra tempo.
Eu espero, na semana que vem, trazer novidades sobre isso. Não contar que escrevi vários capítulos, mas que, pelo menos, tomei uma decisão.
Lembram do financiamento coletivo que divulguei na última edição? Heroínas ultrapassou a meta de arrecadações e o livro será produzido! Na minha timeline do Twitter, houve uma união muito grande entre escritores e outros profissionais do livro, que prometeram coisas (como livros de brinde, serviços editoriais, sorteios, etc) em troca de apoios para o projeto e do sucesso na empreitada. Agora, todos estão cumprindo suas promessas, e eu também preciso cumprir a minha. Agradeço a quem dedicou um tempinho para conhecer Heroínas e também a quem apoiou. E venho lembrá-los de que, se você apoiou Heroínas entre o envio da última newsletter (25/11) e as 23h59 de sexta-feira (27/11), e quiser receber marcadores de página de Mesmo que eu vá embora, ainda dá tempo de me enviar um e-mail! Essa semana, vou comprar envelopes e dar um jeito de ir até o Correio para cumprir com o que prometi.
Gostei tanto da ideia de recomendar coisas interessantes da última edição, que pensei em transformar as recomendações em um bloco frequente por aqui. Então, vamos lá!
- No domingo, postei no meu instagram um reels mostrando os contos de natal que pretendo ler em dezembro. Eu ADORO leituras temáticas de datas comemorativas, e quero devorar histórias natalinas durante esse mês. Você pode assisistir o vídeo e pegar dicas clicando aqui.
- No mês de novembro, embarquei no #BingoLitNegra, um projeto criado pela escritora Solaine Chioro, e desde o ano passado coordenado pelo blog Resistência Afroliterária, que incentiva a leitura de livros escritos e protagonizados por pessoas negras durante o mês de novembro, por meio de uma cartela de bingo. Embora eu tenha começado o mês lendo dois livros de pessoas brancas que tinha iniciado anteriormente (Sherlock Holmes, vol. 4 e Vermelho, Branco e Sangue Azul), passei boa parte do mês lendo apenas livros com protagonismo e autoria negros, e foi maravilhoso! Entre as leituras que fiz, recomendo muito Narrativas Negras, O caçador cibernético da Rua 13, e Aída: um conto de liberdade.
- A Editora Escureceu está fazendo o financiamento coletivo de Não tão branca, um clássico escrito em 1929, esquecido pelo mercado literário e nunca publicado no Brasil. Eu apoiei esse livro no primeiro dia de campanha, e agora, restam apenas 1x para que o financiamento coletivo seja bem-sucedido ou não.
Imagem: Reprodução.
Assim como no caso de Heroínas, acredito que alguns de vocês podem achar esse livro interessante e pensar em doar algum dinheiro para que ele seja produzido.
Chegamos ao fim desta edição, e espero que você tenha gostado! Caso leia Elas Falam Por Si, não se esqueça de deixar uma avaliação na Amazon!
Um abraço,
Lethycia.
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Elas Falam Por Si
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