Ed. 7 - Um pequeno avanço
Olá!
Estamos na sétima edição de Uma mulher que escreve, e 38 pessoas estão inscritas nesta lista de e-mails. Só tenho a agradecer a vocês que me leem. Escrever essas mensagens já se tornou um hábito para mim e está me fazendo muito bem.
Na sexta-feira, consegui receber o número de ASIN (uma espécie de registro para livros digitais publicados na Amazon) de Elas Falam Por Si, depois de trocar alguns e-mails com o serviço de atendimento. Graças a isso, finalmente pude cadastrar o livro no Goodreads e descobri que ele já estava cadastrado no Skoob. Agora, vocês podem adicioná-lo às suas estantes virtuais, marcando como "Quero ler", adicionando à meta de leitura e fazendo avaliações e resenhas, se quiserem. Isso ajuda muito na divulgação!
No sábado, fui ao Correio enviar os marcadores de página das pessoas que participaram da ação de incentivo ao financiamento coletivo de Heroínas. Em breve, elas devem estar recebendo em casa uma cartinha escrita à mão por mim.
Imagem retirada diretamente do arquivo dos meus stories do Instagram.
Estou escrevendo para vocês numa tarde de terça-feira, e tenho uma boa notícia.
Hoje, perdi o sono por volta das 4h43. Numa noite comum, eu ficaria irritada com isso. Afinal, sou atormentada pela insônia há 10 anos, e é bem frequente que eu acorde no meio da noite e leve aproximadamente uma hora e meia para voltar a dormir, para acordar - novamente contra a minha vontade - pouco depois do meu horário normal, e passar o dia morrendo de cansaço. Eu também passaria o tempo acordada lendo algo no Kindle, um ou dois capítulos de um livro, ou então vendo os stories das pessoas que eu sigo. Hoje, não.
Hoje, eu me lembrei daquele desejo da semana passada que compartilhei aqui com vocês. Aquele, de acordar uma hora mais cedo para tentar escrever um pouco. Me lembrei das horas de tédio no meu trabalho durante as últimas semanas, em que fiquei pensando no que as minhas personagens ainda vão viver, e como elas podem se encontrar por acaso com as personagens de outro livro, e no quanto eu quero que essas histórias existam.
Eu deveria levantar às 6h para lavar o cabelo. Poderia ficar rolando na cama até esse horário, mas tomei uma decisão. Levantei, fui até o quarto vazio do meu irmão que não mora mais aqui em casa, e liguei o meu computador, que fica na escrivaninha desse quarto. Abri uma janela do Google Chrome, olhei as notificações do Twitter, coloquei o YouTube para reproduzir os vídeos dos canais que sigo e abri o arquivo do Word onde estou fazendo o planejamento do meu romance.
Quando o dia começou a clarear e vi o relógio do meu computador marcar 5h57, eu estava feliz. Feliz porque, depois de meses, eu tinha conseguido fazer uma alteração naquele planejamento e acrescentar as anotações de dois novos capítulos, além de ampliar o conteúdo de um dos anteriores.
Feliz porque, na primeira semana no meu trabalho atual, eu voltei para casa todos os dias morta de cansaço, com dor nas costas e nos ombros, e com energia apenas para comer e deitar na cama. E porque isso acontecia também no meu emprego anterior. E também no que veio antes dele. E eu achava que trabalhar fora de casa sempre me consumiria a ponto de eu não conseguir mais escrever. Hoje, eu percebi que não.
São 15h30 de uma tarde de terça-feira, e eu acordei antes das 5h, trabalhei no meu novo romance, trabalhei para pagar as contas e estou bem. Viva. E feliz. E eu quero fazer isso também amanhã, e depois de amanhã, e todos os outros dias que eu puder.
Ontem, eu não sabia sobre o falaria na news dessa semana, além de relatar o envio dos marcadores. Hoje cedo, eu sabia que precisava usar esse espaço para compartilhar isso. Então, fiquem com essas imagens (censuradas, sim, porque vocês surtariam se pudessem ler o conteúdo dos capítulos).
Prints da "escaleta" do romance, onde estou separando as ideias por capítulos.
Além de dizer, mais uma vez, que estou feliz com esse pequeno avanço, quero terminar a news com as minhas recomendações do que consumi nos últimos dias.
- Desde primeiro de dezembro, estou focada em ler contos temáticos de natal. Por enquanto, estou perto de terminar o livro Sonhos que ganhei, de Solaine Chioro, que contém quatro contos natalinos. Li os três primeiros e preciso dizer que não apenas são bem fofos, como também me pegaram de surpresa com um casal sáfico (isto é, de meninas que gostam de meninas) e um personagem assexual. Eu não esperava encontrar essa representatividade no livro e fiquei muito feliz com a surpresa.
- No domingo, terminei de ler As alegrias da maternidade, e fiz isso chorando. O livro acompanha Nnu Ego, uma mulher nigeriana que foi ensinada que só seria uma mulher completa se tivesse filhos, especialmente se forrem vários, e se fossem homens. Ela dedica sua vida inteira e faz todos os sacrifícios para manter vivos e educar os filhos que têm, e precisa lidar com a violência e o desrespeito de seu marido; com a pobreza extrema; com as diferenças entre a região rural onde cresceu e a cidade de Lagos, para onde se mudou; com a colonialidade imposta pelos ingleses; e com as mudanças da sociedade às quais ela não consegue se adaptar. O título é irônico e a história carrega traços da vida da autora, que se chama Buchi Emecheta.
- Também no domingo, assisti novamente ao filme Klaus, animação original da Netflix lançada no ano passado que concorreu ao Oscar de melhor animação. O filme foi um sucesso em 2019, mas caso você ainda não tenha assistido, imagina como o Natal teria sido criado. O filme é muito fofo, e eu, que só assisti por causa da indicação ao Oscar, aproveitei o mês de dezembro para rever em época natalina.
- Estou ouvindo, no Spotify, a playlist Suco de Brasil, criada por anachicoria, que contém uma seleção deliciosa de MPB, samba e outros ritmos.
Fiquem com essas recomendações e tenham uma ótima semana!
Um abraço,
Lethycia.
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