Ed. 17 - Sobre cobranças
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É engraçado como a forma que a gente encara uma coisa faz toda a diferença no significado dessa coisa pra gente.
Eu odeio obrigações e odeio ser cobrada. Sou assim desde os tempos de escola: quando tinha um trabalho para fazer, gostava de tratá-lo como uma prioridade, para quando o fim do prazo de entrega se aproximasse, eu já tivesse terminado e estivesse tranquila. Quando o trabalho era em grupo, aí é que eu me dedicava mais ainda: tinha terror de que algum colega precisasse me cobrar a minha parte.
Também sou assim em casa. Aqui, eu divido as tarefas domésticas com a minha mãe, e muitas vezes tomo sozinha a iniciativa de fazer coisas como varrer a casa, lavar a louca, lavar o banheiro, passar as minhas roupas. Mas eu odeio quando estou me programando para fazer qualquer uma dessas coisas, ou até mesmo arrumar o meu quarto, e a minha mãe diz "Lethycia, você tem que arrumar esse quarto, tá a maior bagunça!", quando eu já planejava arrumar tudo. Pode estar mesmo a maior zona, mas a minha vontade de arrumar acaba no momento em que ela me cobra pela organização.
No trabalho, sou do mesmo jeito: tento cumprir as minhas atividades para não receber cobranças desnecessárias, porque já sei o que preciso fazer. E quando alguém me cobra algo que já estou fazendo ou providenciando, eu trinco os dentes e faço a tarefa na força do ódio.
Até mesmo estudando eu percebia indícios disso: sempre gostei de ler. No Ensino Médio, eu lia com prazer os textos dos livros didáticos. Mas na faculdade, quando disciplinas como Cultura Brasileira, Sociologia e Filosofia despejaram no meu colo as leituras semanais de textos complexos sobre assuntos que eu nunca sequer tinha pensado, e cada aula era a discussão do texto passado no fim da aula anterior, e se eu não tivesse lido pelo menos um pouco, ficaria completamente perdida, pela primeira vez na vida tive certo estresse ligado à leitura. Porque estava sendo obrigada a isso. E cobrada uma vez por semana.
Porém, ao mesmo tempo em que odeio que outras pessoas me cobrem coisas, eu sempre me cobrei muito. Talvez por pensar que se eu exigisse bastante de mim mesma, sempre conseguiria atender ao que os outros esperavam de mim. Enquanto quase ninguém precisava me cobrar minhas obrigações na faculdade, eu estava o tempo todo me cobrando para garantir que isso não acontecesse.
Foi o que eu fiz com a escrita do Projeto Misterioso, como contei na news da semana passada. Me impus um prazo, e quando vi que a data estava se aproximando e o romance não aparecia pronto no meu Word, comecei a me cobrar de forma absurda para escrever. E aí, tudo começou a dar errado. Foi só "virar a chave" dentro da minha cabeça e dizer pra mim mesma que eu podia escrever no tempo que precisasse, e a escrita voltou a fluir. Incrível.
Agora, alguns detalhes sobre como esse projeto avançou nos últimos dias:
Na última sexta-feira de fevereiro, acordei pensando em uma música que tinha o clima perfeito para o primeiro capítulo da história e tratei de colocá-la na playlist do livro, como contei na . Movida por essa empolgação, no fim de semana passado, adicionei informações às fichas de personagem das minhas protagonistas, e no domingo à noite, reativei os alarmes de Acordar Para Escrever no despertador do meu celular.
Escrevi na segunda, na terça, na quarta, na quinta e na sexta, e me lembrei de quando esse era o maior o objetivo desses dias em que acordo mais cedo. Acho, afinal, que já criei uma rotina de escrita. Eu não sei quantas vezes precisamos repetir uma coisa no nosso dia-a-dia até percebermos que se tornou parte da rotina. Acho que talvez isso aconteça quando percebemos que estamos sentindo falta de fazer essa coisa no dia em que não conseguimos fazer.
Estou perto de concluir o primeiro capítulo, que segue bem o planejamento que eu já tinha feito, e estou satisfeita de ver que já consegui plantar, desde o início, algumas pistas de quais serão os principais conflitos da história. Isso me faz perceber que essa narrativa funciona, faz sentido enquanto história, e que não estou escrevendo só por escrever.
Agora, vamos para algumas recomendações:
- Na última sexta-feira (05/03), a Maria Freitas, que em 2020 escreveu e publicou 12 contos e novelas protagonizados por pessoas bissexuais, anunciou a pré-venda de seus Clichês em rosa, roxo e azul no formato físico, pelo selo Se Joga!, do Se Liga Editorial. As mesmas histórias que ela publicou em formato e-book na Amazon durante o ano passado estarão agora reunidas em três livros físicos: um rosa, um roxo e um azul. É possível comprar o kit com os três livros ou comprá-los individualmente. Será uma impressão sob demanda, ou seja, o número de livros impressos será o número de livros encomendados pelo site. A pré-venda dura até o dia 31 de abril.
Imagem de divulgação dos Clichês em Rosa, Roxo e Azul.
Compre o kit completo por R$ 100,00 + frete.
Compre o livro rosa, o roxo ou o azul, por R$ 39,90 cada + frete.
- Fiz um reels mostrando como seria o diálogo entre as minhas personagens Camila e Helena, de Mesmo que eu vá embora, se elas usassem letras de música para tentar se entender. Assista aqui.
- A escritora Lyli Lua, autora de Quando O Rei Esteve Aqui, está sem computador desde o fim de janeiro, e com isso, tem muitas dificuldades de continuar trabalhando. Sem condições de comprar um novo, ela iniciou uma vaquinha na internet para poder adquirir um notebook usado. A meta é arrecadar R$ 1400,00, e R$ 810,00 já foram levantados. Caso queira e possa ajudar, você pode colaborar doando a partir de R$ 10,00 até o fim deste mês (março).
- Na segunda-feira (08/03), a Amazon iniciou suas promoções da Semana do Consumidor. São sete dias seguidos de promoções em vários departamentos da loja, incluindo frete grátis para assinantes do Amazon Prime e notificações de ofertas pelo aplicativo, entre outras vantagens. Caso você possa e queira comprar alguma coisa durante essa promoção, peço que use meu link de associada! Com isso, eu ganho pequenas comissões, e você não paga nada além do valor da compra e do frete. Mesmo que você seja direcionado(a) até a página inicial da Amazon e navegue por vários departamentos diferentes na mesma guia do seu navegador, qualquer coisa comprada após clicar em um link divulgado por mim, já me ajuda a complementar a minha renda.
Conheça e aproveite as promoções da Semana do Consumidor!
Obrigada por ler até o final!
Um abraço,
Lethycia.
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