Ed. 18 - Uma boa playlist é fundamental
Quase todo mundo que escreve tem algum macete que ajuda a criar. Algum ritual pra fazer as ideias fluírem, algum hábito pra manter a criatividade em alta.
Tem gente que anota todas as ideias num caderninho e usa como "banco de dados" para futuras histórias. Tem gente que faz isso com frases que pensa ao acaso, mas que não servem para ser usadas no projeto atual. Tem gente que escreve ficha de personagem. Gente que desenha cada personagem com as próprias mãos e gente que produz avatares em sites como Picrew. Tem gente que faz pastas no pinterest com imagens que representam a vibe da história. Tem gente que faz playlists, gráficos, colagens, tabelas. A lista é bem longa.
Nada disso é obrigatório como o título deste e-mail sugere, mas a partir do momento em que você descobre que qualquer uma dessas coisas te ajuda a criar melhor, ela se torna parte do processo.
Pra mim, é um pouco de tudo: quando comecei a fazer meu último planejamento, comprei uma caderneta de tamanho 14x21 cm e comecei a fazer todo tipo de anotação: ideias sobre enredo, perguntas e respostas, possibilidades de conflitos, linha do tempo, brainstorming sobre as características das personagens e até lista de filmes e músicas que elas gostam. E por causa disso, bem antes de começar a escrever, eu já tinha uma ideia de boa parte da história e de qual o tom que ela teria.
E como eu adoro fazer a associação entre livros e músicas, anotei no bloco de notas do celular algumas músicas que eu achava que combinavam com essa história. Comecei uma playlist no Spotify, mas eu não tinha grandes pretensões de alimentá-la rapidamente. Quando lancei Mesmo que eu vá embora, a playlist linkada no final do e-book servia apenas para fins de marketing. Um conteúdo-extra da história para agradar os leitores.
Eu pensava que as playlists deveriam funcionar desse jeito para mim até alguns dias atrás. Mas ver o impacto que a música de Milton Nascimento teve na minha vontade de escrever me fez perceber que talvez eu poderia usar essa ferramenta de outra forma.
E foi por isso que pedi indicações de músicas sáficas. E fiz minhas próprias pesquisas sobre esse tipo de música. Salvei várias playlists para ir ouvindo conforme puder, e, quando descubro uma nova música que combina com o que estou escrevendo, adiciono na minha própria playlist. Quando estiver pronta, será uma mistura de MPB e pop, ora alegre, ora romântica, ora triste, assim como o romance com o qual está ligada. Será secreta até que o livro seja lançado, então não procurem por ela.
Escrevi todos os dias na última semana. No meio disso, consegui encaixar na versão atual da história (a terceira delas) aquele trecho com o qual eu tinha começado semanas atrás e que estava guardado em outro arquivo.
Terminei o primeiro capítulo. Se o meu trabalho e minhas outras obrigações deixarem, entrarei em contato com possíveis leitores-beta ainda essa semana.
Comecei a preparar o clima para os conflitos da história e já sofri um monte só de ter armado um desentendimento entre as minhas protagonistas. A falta de comunicação entre personagens é um dos meus plots favoritos de histórias românticas, e esse desentendimento vai se estender por certa parte da história para depois ser resolvido no momento certo.
Mas eu já falei demais por aqui. Está na hora de encerrar esse bloco.
A recomendação dessa semana já foi feita na semana passada, mas acho importante reforçar o pedido:
- A escritora Lyli Lua, autora de Quando O Rei Esteve Aqui, está sem computador desde o fim de janeiro, e com isso, tem muitas dificuldades de continuar trabalhando. Sem condições de comprar um novo, ela iniciou uma vaquinha na internet para poder adquirir um notebook usado. A meta é arrecadar R$ 1400,00, e R$ 835,00 já foram levantados. Caso queira e possa ajudar, você pode colaborar doando a partir de R$ 10,00 até o fim deste mês (março).
Um abraço,
Lethycia
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Elas Falam Por Si
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