Ed. 25 - O que andei lendo e um link para acessar com atenção
Olá!
Como estão? Quero agradecer pelas respostas à news anterior. Eu estou acostumada com ambientes seguros para falar sobre ser uma pessoa fora da heteronormatividade, mas não esperava por todo o carinho que chegou aqui virtualmente desde o dia 03. Obrigada! <3
Agora, sejam bem-vindes à edição nº 25 de Uma mulher que escreve! Esta edição foi escrita AGORA MESMO, porque não tive tempo no fim de semana.
As últimas duas semanas foram uma mistura de desânimo, apatia e tentativa de retorno à produtividade. Houve dias em que não consegui escrever, dias em que escrevi pouco e dias em que fiquei satisfeita não só com o número de palavras mas também com o que elas diziam. Acho que não devo ficar chateada porque parece que a escrita é quase sempre assim.
Fiz uma prova que me deixou cansada pelos três dias seguintes, mas que é uma esperança de dias melhores no futuro; depois, voltei a escrever com empolgação. Essa semana, uma frente fria trouxe temperaturas incomuns em Goiás (como os 8 ºC de hoje cedo quando acordei), e isso me fez querer ficar na minha cama pelo máximo de tempo possível.
Minhas leituras também têm se alternado entre rápidas e lentas: terminei de ler O quarto de Giovanni, que se não me engano, eu nem tinha começado a ler quando enviei a última edição. Devorei esse e-book sem nenhum esforço para a discussão do clube Leitura Preta, do Resistência Afroliterária, que estou assistindo agora mesmo.
Também terminei de reler o segundo volume de O tempo e o Vento, chamado O Retrato, e fiquei aliviada porque já tinha completado 3 meses só com esse volume. Eu adoro Erico Verissimo, mas para desfrutar da escrita dele, me submeti a muitas situações insalubres nesse livro. Uma delas foi a narração pelo ponto de vista do Dr. Rodrigo Cambará, um playboy do início do século XX que jura que o mundo gira em volta dele. Rodrigo é um personagem muito bem construído, mas às vezes, é insuportável. No fim do livro, Rodrigo, à beira dos 30 anos, estava apaixonado por uma garota de 20 que se veste de forma infantilizada. Quando ela, obviamente, fica grávida, ele fica desesperado pensando em como o escândalo de ter engravidado uma moça solteira vai prejudicar sua reputação na cidade. No fim de tudo, quando ele tem uma noite cheia de pesadelos arrependidos pelo mal que causou à garota e à família dela, eu quase fiquei com pena.
Já comecei a reler o terceiro volume, O Arquipélago, e apesar de saber que boa parte dele ainda é narrada sob o olhar de Rodrigo, estou feliz porque um tanto considerável do fim dessa história será contado pelo filho dele, Floriano, que segundo me lembro, NÃO É um lixo humano.
Além disso, também consegui ler 3 contos com protagonismo LGBT ao longo do mês. O príncipe e a livreira e O último robô do mundo eram duas leituras que eu estava tentando fazer desde o mês anterior. Já Marcas de São João em Mim, eu tinha vontade de ler desde o lançamento, e já que estamos em junho num ano em que festas juninas são impossíveis, eu não podia deixar de ler agora.
Sabem o assunto da semana passada, sobre orgulho? Ter me assumido em casa me fez muito bem. Estou me considerando definitivamente fora do armário para as pessoas que importam, embora eu saiba que pessoas LGBTQIAP+ passam por várias portas de armário ao longo da vida. Por causa disso, fiz um post lá no Instagram sobre os livros que me dão orgulho de ser bi e demi.
Sigo escrevendo o capítulo 5. Logo vou inserir na história uma personagem da qual eu gosto muito e que deve ser tornar amiga de uma das protagonistas. Devido aos dias em que fiquei sem ânimo para escrever, estou indo devagar.
Ainda estou analisando as repostas de pessoas que se interessaram em fazer leitura-beta. Então, se você enviou e-mail e não teve resposta, relaxa!
Minha recomendação para hoje é o financiamento coletivo Isso não é uma democracia, da Pinard Livros. A Pinard é uma editora nova focada no resgate de obras clássicas raras, esgotadas ou ainda não lançadas no Brasil, especialmente de livros latinoamericanos.
Atualmente, estão levantando dinheiro para dois livros diferentes: Eu, o Supremo, de Augusto Roa Bastos, e O aniversário de Juan Ángel, de Mario Benedetti. Este último, é inédito no Brasil. Ambos tratam de ditaduras sob o ponto de vista de quem está no poder e de quem é perseguido pelos poderosos. O prazo para o fim do financiamento termina na sexta-feira (dia 02), e ainda falta bastante para que a meta seja atingida!
Imagem de divulgação dos novos resgates da Pinard Livros.
Caso você se interesse por apenas um livros, é possível apoiar separadamente, garantindo um exemplar de apenas um deles. Já dei meu apoio a esse financiamento quando pude e estou na torcida para que tudo dê certo!
Eu fico por aqui.
Um abraço,
Lethycia
Elas Falam Por Si
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