Ed. 26 - Dando continuidade
Olá, pessoas que leem! Sejam bem-vindas à edição nº 26 de Uma mulher que escreve!
Espero que tenham percebido e gostado do trocadilho. Eu tenho esse tipo de humor.
Como passaram as duas últimas semanas? Como hoje é dia 14, estou com a impressão de ter atrasado a news, mas só porque a edição 25 foi enviada no último dia do mês passado.
Tive mais um fim de semana super atarefado e não consegui escrever este e-mail com a antecedência que gosto (ele está sendo escrito na manhã e na tarde de terça-feira, entre um cliente e outro do meu trabalho de pagar as contas), mas foi por causa da sensação de atraso que decidi insistir em escrever.
Do dia 30 até aqui, tive duas manhãs deliciosas em que não consegui levantar da cama assim que acordei por causa do frio, mas segui um conselho maravilhoso dado por Tayana Alvez de escrever no celular. Fiz isso debaixo das cobertas, com meus gatos deitados em cima de mim pra ganhar carinho e ouvindo a playlist do romance no fone de ouvido. Foi lindo.
E também houve dias em que não consegui escrever nada. Eu culpo o frio e o cansaço e o estresse causados pelo meu trabalho, mas no fundo, acho que tem a ver com o fato de ter criado uma história com duas narradoras em que tenho preferência óbvia por uma das duas, dando maior importância aos conflitos dela. Talvez eu precise rever algumas coisas no meu planejamento, especialmente no que diz respeito aos acontecimentos pensados para essa segunda narradora. E pensar nisso é complicado, porque quando eu vi que não conseguia mais planejar, achei que era só sentar para escrever que tudo se resolveria magicamente entre os meus dedos e o teclado do notebook. Pelo visto, não é bem assim.
Nesse período, também concluí mais duas leituras (Vermelhos, de Mohara M. Villaça, e Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto), vi toda a minha timeline surtar negativamente com o anúncio de que o Instagram passaria a valorizar mais conteúdos em vídeo do que em foto, recebi uma notícia ruim e tive dias difíceis no trabalho.
Passei minutos dramáticos olhando uma lista interminável de nomes até descobrir que perdi a minha oportunidade mais próxima de ter um emprego melhor. Chorei na frente do computador e achei melhor não dar a notícia para as pessoas que se importam com isso, porque sei que elas vão reagir com previsões otimistas sobre a próxima vez. Estou cansada disso. Faz anos que eu espero pela próxima vez. Para completar, fui tratada com grosseria no trabalho por uma coisa que não tinha a nada a ver comigo e me lembrei de que isso vai continuar acontecendo enquanto as coisas não derem certo na "próxima vez". Passei uns dois dias trabalhando nesse estado de espírito:
Mas acreditem, o pior já passou. Eu não posso desistir de ter uma vida melhor, de sair do bairro pobre, de voltar pra casa, de ter um trabalho que possa me manter viva e saudável pra continuar escrevendo. Desistir seria muito pior.
Concluí o capítulo cinco do meu romance. No final dele, incluí a primeira aparição de uma personagem da qual gosto muito: O nome dela é Dayane e ela é uma mulher negra, pansexual, dona do próprio negócio, fofoqueira, e junto com seu namorado, futura-nova-amiga de uma das minhas protagonistas. Eu ainda não criei uma trama própria para ela, mas pretendo.
Numa ida ao Pinterest, fiz alguns aesthetics para essa história e estou apaixonada por eles. A imagem abaixo é uma junção de algumas das referências que reuni:
Também acrescentei um pouco de pop na playlisyt do Spotify, que estava sofrendo de excesso de MPB. E se eu, que tenho esse gênero como meu favorito, estava achando isso, tentem imaginar a situação...
Ah, e sabem o chamado para leitura-beta? Hoje respondi aos e-mails das pessoas interessadas. Se você foi uma delas, vê se não foi parar na caixa de spam!
- Seis pessoas comprometidas a escrever diversidade publicaram um livro sobre princesas do passado, do presente e do futuro que podem ser quem realmente são. Se essa coroa fosse minha, de Camila Cerdeira, Laura Machado, Letícia Rosa, Lyli Lua, ´Maria Freitas e Tay Alvez, reúne seis contos sobre realeza com representatividade lésbica, bissexual, pansexual, negra, gorda, não-monogâmica e assexual. E eu estou APAIXONADA pela ideia desse livro desde quando começou a ser divulgado! Compre o seu aqui.
- O novo financiamento coletivo da Se Liga Editorial se chama Vozes Nordestinas e reúne contos escritos por autores da região Nordeste. A campanha teve início na semana passada e dura até 04 de setembro. É possível contribuir com apoios a partir de R$ 10,00. Deixe seu apoio aqui.
- Estou no Tiktok experimentando a comunidade leitora de lá. Ainda não sei usar bem a plataforma, nem fazer boas edições ou participar das modas da rede, mas estou tentando. Meu nome de usuário por lá é @lethyciadias_ e se você estiver lendo pelo celular, o link é esse aqui.
- Estou gostando muito dos filmes da trilogia Rua do Medo, que a Netflix tem lançado semanalmente. São um terror tranquilo de assistir protagonizado por adolescentes que tentam sobreviver à vontade de vingança de uma bruxa que amaldiçoou sua cidade. Já assisti ao 1994, ao 1978 e estou ansiosa pelo próximo e último.
Essas foram as recomendações de hoje.
Um abraço,
Lethycia
Elas Falam Por Si
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