Ed. 34 - Um ano de e-mails
Sabem quem fez aniversário alguns dias atrás?
Ela mesma, Uma mulher que escreve! A primeira edição desta newsletter foi enviada em 28 de outubro de 2020, e de verdade, eu não sabia que conseguiria manter esse projeto durante tanto tempo. Então mais uma vez preciso agradecer a vocês por continuarem acompanhando.
Um espaço que eu criei para divulgar o meu último lançamento acabou se tornando também um local de desabafo, de compartilhamento da minha rotina de escrita e do meu processo de criação e também um tipo de depósito de pensamentos sobre as minhas leituras. Quem leu a última edição já deve ter percebido isso. Só para atualizar vocês: estou bem perto de terminar minha releitura de O Tempo e O Vento. Já prevejo tweets e stories bem emocionados quando acontecer.
Junto com a newsletter, outra coisa que completou um ano foi meu emprego atual. Na minha carteira de trabalho, a data registrada é hoje, mas não oficialmente, comecei no dia 25 de outubro - mesmo dia em que iniciei a divulgação de Elas Falam Por Si. Quando eu lembro que fiz toda a campanha de lançamento desse livro durante os dias caóticos em que começava a trabalhar naquele lugar, eu fico assim:
E, infelizmente, trabalhar em um correspondente bancário nunca deixou de ser caótico. Eu não posso dar muitos detalhes sobre o que acontece lá, porque boa parte do meu trabalho envolve sigilo profissional, mas depois de um ano lidando com exigências duríssimas e quase nenhuma concessão por parte de Quem Manda Em Quem Manda Em Mim; de ter que me preocupar constantemente com coisas que não são responsabilidade de uma simples funcionária; de ter que ouvir reclamações quase diárias sobre coisas que não acontecem por culpa minha ou que eu não posso fazer nada para resolver, eu estou... exausta. Nos últimos dias, eu chego em casa querendo gritar igual à Carminha de Avenida Brasil nesse gif:
No dia em que completei um ano, cheguei à conclusão de que odeio o que faço, odeio meu local de trabalho, meus colegas e as pessoas para quem presto serviço, e principalmente As Pessoas Que Mandam Em Quem Manda Em Mim. E por que eu continuo trabalhando lá? Porque preciso pagar as contas e comprar comida, porque preciso de um emprego fixo para continuar fazendo arte, porque existe uma crise humanitária e econômica em que 14 milhões de pessoas no Brasil estão desempregadas e eu com certeza estou numa situação bem melhor do que elas. Enfim, o capitalismo. Eis o grande culpado.
Apesar disso, ainda tenho algumas alegrias para compartilhar. Porque completei um ano, já posso tirar férias, e marquei as minhas para dezembro. Com isso vou ganhar tempo para fazer a pré-venda do meu conto de Natal. Aliás, recebi dois rascunhos dos personagens que aparecerão na capa e eles são... LINDOS! Mal posso esperar para receber o arquivo finalizado.
Falando nisso, já estou planejando a divulgação e produzindo algumas das postagens. Se você me segue no Twitter, deve ter visto que alterei o meu nome e a imagem de capa só para dizer que é oficial: VEM AÍ! Aliás, já que outubro acabou, eu estou deixando de lado toda e qualquer referência trevosa para falar de Natal 24 horas por dia. Desde o dia 1º, sou a própria ajudante do Papai Noel. Ho ho ho!
Não tenho certeza de como as datas das postagens vão se encaixar com a periodicidade da news para poder manter a promessa de trazer informação exclusiva aqui. Mas posso adiantar que a divulgação vai ser informativa e interativa, feita no Instagram, no Twitter e no Tiktok - e também no Facebook, só para a minha família ficar sabendo - com imagens, vídeos e posts que permitirão a participação do público. Entre esses últimos, estão um jogo da forca, um caça palavras e um jogo de citações. Preparem-se para brincar!
Tomei vergonha na cara e comprei um dos livros que eu precisava ter lido um ano atrás para estudar antes de começar a escrever meu romance. Também encaixei outro dos livros (que eu já tinha) na minha TBR desse mês, e se tudo der certo, em novembro em vou estudar tudo o que preciso. Não sou de fazer TBR, mas é que novembro é mês de Bingo Lit Negra (mais informações abaixo), e essa é a única iniciativa capaz de me fazer definir uma lista fixa de leituras para determinado período e DE FATO cumprir.
Concluí o capítulo 9 e iniciei o capítulo 10. Minha protagonista negra tomou uma decisão que será fundamental para seu desenvolvimento e conheceu uma pessoa que a fez questionar uma decisão de seu passado. Estou preparando o terreno para que ela possa se confrontar com suas dores antigas e é só depois disso que vai ficar tudo bem e a história vai acabar com final feliz. Vai dar certo!
- Li o conto A feiticeira de São Judas Tadeu dos Milagres, de Isa Próspero, e fiquei encantada. Na história, uma mulher na casa dos 80 anos descobre ser uma bruxa, e a forma que sua magia recém-descoberta se infiltra em sua vida e nas vidas de quem ela conhece é uma coisa doce e surpreendente. Dona Simone é uma personagem impossível de não gostar e a história dela me deixou genuinamente feliz. O conto está publicado em formato e-book na Amazon e disponível no Kindle Unlimited. Leia aqui.
- O #BingoLitNegra incentiva a leitura de livros escritos e protagonizados por pessoas negras durante o mês de novembro. É uma cartela de bingo com 25 categorias diferentes, em que você pode escolher uma coluna, fileira ou diagonal para guiar suas leituras. A iniciativa foi criada pela escritora Solaine Chioro em 2018 e se torna mais popular a cada ano. Eu participo desde 2019, e amanhã divulgarei minha TBR para o desafio de 2021. Saiba mais acessando o site da Solaine. Consulte a cartela de 2021 aqui.
- Na minha maratona de filmes de terror do mês passado, assisti a Ringu, o filme japonês de 1998 que inspirou aquilo que conhecemos com O Chamado (2004). Não é de hoje que os estadunidenses veem um sucesso produzido em qualquer outro país e fazem sua versão protagonizada por pessoas brancas. O filme americano não mudou muita coisa no enredo, então se você já viu a Samara saindo do poço alguma vez, Ringu não vai te surpreender muito, mas vale assistir pela curiosidade. Está disponível no Prime Vídeo.
- Assisti também a O Grito (2004), o único filme de terror da minha infância que eu até então não tinha conseguido rever. Fui uma criança muito desafiada a provar que não tinha medo, e posso dizer que aquele som me assombrou durante anos. Agora, adulta, não sou de me assustar com facilidade, mas por precaução, preferi assistir no claro. Fiquei surpresa em não apenas conseguir superar o trauma de infância, mas por também achar um filme bom. Também está disponível no Prime Vídeo.
- Na última edição de sua newsletter, a Belle Époque, Isabelle Morais faz uma reflexão muito interessante sobre originalidade e sobre a pressão extrema - especialmente para escritores brasileiros - de que toda nova obra de ficção reinvente a roda com um significado profundo sobre a vida e um plot twist gerador de teorias de fãs. Às vezes, a gente NÃO QUER fazer isso e TA TUDO BEM! Leia o texto completo aqui.
- O álbum Vida Noturna (2015), de Aldir Blanc, contém 12 canções sobre amores trágicos e vida boêmia, com um ar de anos 40 ou 50, e é uma das coisas mais bonitas e tristes que já ouvi. Como música bonita e triste é um dos meus tipos favoritos de música, posso dizer que o meu padrão para isso é bem alto! Fiquei apaixonada por Lupicinia, uma música que faz referências a Anna Kariênina. Ouça o álbum completo pelo Spotify.
Espero que tenham gostado das dicas!
Um abraço,
Lethycia
Elas Falam Por Si
Twitter | Instagram | Wattpad | Medium | Amazon