Ed. 35 - Deixando tudo para a última hora
Você já deixou para fazer alguma coisa muito importante na ÚLTIMA HORA?
Eu não tenho esse costume. Odeio me atrasar. Odeio deixar pessoas esperando. Odeio perder compromissos. É por isso que eu produzo conteúdo para as minhas redes nos sábados e escrevo as edições dessa newsletter nos domingos de manhã, e quando preciso sair, pesquiso no Google Maps qual o melhor trajeto e quanto tempo vou levar, e saio um pouco mais cedo do que deveria porque se o ônibus quebrar no caminho, eu vou estar adiantada.
Também odeio lugares cheios e tumultuados, e tenho horror à ideia de deixar para fazer suas compras de na VÉSPERA de Natal. Aquelas matérias de telejornal sobre como as lojas estão lotadas, cheias de gente em busca de uma boa promoção, me deixam apavorada.
Mas, quando você está trabalhando demais, nem sempre dá pra fazer as coisas com antecedência. A protagonista do meu conto de Natal que o diga. Se ela tivesse tempo de ligar os dados móveis e usar o Google, com certeza pesquisaria:
Barra de pesquisa de navegador, com a frase
"Como salvar uma ceia de Natal?" escrita em caracteres de cor verde.
E foi assim que resolvi começar esta edição de Uma mulher que escreve, só para dar a vocês um gostinho do que essa história reserva.
A próxima edição já deve vir com a capa, então achei legal deixar aqui também um pequeno calendário das postagens que devem vir até lá. Porque, diferente de certa pessoa, eu faço minhas coisas com antecedência pra não surtar depois (e surto mesmo assim).
(...)
25/11 - Revelação do título;
27/11 - Caça palavras;
29/11 - Gráfico com o que você encontra na história.
30/11 - Revelação de capa e pré-venda
15/11 - Lançamento
Antes disso, também devo postar conteúdo em vídeo e foto sobre alguns dos assuntos mais relevantes envolvendo a história. Não deixem de acompanhar!
Agora, vamos começar de novo com a capa tradicional da news...
Os últimos dias foram um pouco melhores do que aqueles que antecederam a última edição. Tive menos estresse no trabalho. Terminei de pagar pelos serviços editoriais que contratei. Fiz uma prova na qual pareço ter acertado um número alto de questões, o que pode resultar numa nota boa e, talvez, num emprego melhor. Não quero criar expectativas.
Taylor Swift lançou sua nova versão do álbum Red, que estou ouvindo sem parar desde o dia 12, e um curta da música All too well, que me fez sofrer como se eu tivesse terminado um relacionamento naquele mesmo dia.
Fui convidada para gravar um episódio do Bisão Voador, que ainda não sei quando vai ao ar. Eu adoro esse podcast, porque sempre aborda assuntos relevantes com vivências de pessoas LGBTQIAP+, especialmente pessoas bissexuais, junto a assuntos de cultura pop. Várias pessoas que eu admiro já participaram do Bisão, e estou MUITO honrada pelo convite. Eu gravo amanhã à noite (18/11), e trarei o link para o episódio assim que estiver no ar.
Terminei de reler O Tempo e O Vento e postei uma resenha de O Arquipélago no Instagram. Como foi escrita na hora da postagem, não está muito boa, eu admito. Em sete anos criando conteúdo sobre livros na internet, já fiz comentários melhores.
Também concluí duas das minhas leituras para o Bingo Lit Negra - uma delas, propositalmente escolhida por ser curta. É bem mais fácil cumprir e depois DOBRAR uma meta pequena.
O livro em questão era Lugar de Fala, de Djamila Ribeiro, e é sério: eu tive uma verdadeira AULA com esse livro. Lugar de fala é um conceito extremamente mal compreendido, e perceber isso foi o que me fez querer ler, embora eu já soubesse o que significa. Acontece que Djamila faz uma longa contextualização para explicar porque é importante questionarmos discursos hegemônicos antes de nos apresentar o conceito de lugar de fala e por que ele é tão importante hoje em dia. E enquanto lia, fui fazendo um monte de conexões e reflexões novas.
Só para deixar claro: lugar de fala NÃO significa que só pessoas incluídas em determinados grupos sociais podem discutir as questões desses grupos, e sim, que nossos discursos partem de onde nos localizamos socialmente. Vale a pena ler para entender melhor. Minha resenha ainda vai levar alguns dias para sair.
Não tenho muita novidade sobre meu romance - só que as músicas do Red me fizeram escrever depois de vários dias de pausa. Estou chegando perto do momento em que as coisas ficam mais complicadas na história e as minhas personagens fazem besteira, mas até lá, ainda tenho mais dois capítulos para construir mais fragilidade emocional e isso está sendo DIFÍCIL.
- A Editora Escureceu está com uma nova campanha de financiamento coletivo, dessa vez parra recuperar o primeiro thriller escrito por um autor negro nos Estados Unidos, ainda inédito no Brasil. A Morte do Mago conta com seu apoio até o dia 07 de janeiro de 2022. Apoie aqui.
- Postei no Instagram algumas dicas para apoiar negras no mercado editorial. São ações simples, mas que envolvem uma mudança de postura na forma de se consumir literatura ou conteúdo sobre literatura em redes sociais. E podem ser praticadas em qualquer época do ano. Clique aqui para ler.
Por hoje é só!
Um abraço,
Lethycia
Elas Falam Por Si
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