Algumas histórias sobre música - Uma mulher que escreve #47
Histórias reais da minha vida em que a música foi importante ou esteve presente. Com playlist própria!
Por Lethycia Dias | Edição 47
Olá, pessoas que leem!
O tema que escolhi para a news de hoje é algo que eu já tinha vontade de compartilhar há algum tempo, porque realmente acho divertido. Já escrevi em vários lugares algumas das histórias que vocês vão ler abaixo, mas elas nunca foram contadas em conjunto.
Eu amo música. Não tanto como amo livros, mas ouvir música é definitivamente uma coisa que eu gosto muito de fazer. E algumas músicas fazem parte da minha vida de um jeito especial, seja porque marcaram algum momento, seja porque eu cresci ouvindo.
Então, para a edição 47 de Uma mulher que escreve, resolvi contar histórias reais da minha vida em que a música esteve presente. E é isso. Esta edição tem uma playlist própria, que vocês podem ouvir aqui.
Algumas histórias sobre música
Las Prediletas
Meu pai tinha muitos CDs, e alguns deles estavam sempre no porta-CD de tecido com bordado do escudo do Palmeiras que ele sempre levava no carro para ouvir no dia-a-dia. Um deles era o Mis Prediletas, um CD do tipo que se compra virgem em papelaria com título escrito à mão com marcador permanente, gravado em computador pelo meu pai mesmo, com músicas de vários artistas, retiradas de outros CDs.
O nome é autoexplicativo: eram as favoritas dele. Estão incluídas Azul da Cor do Mar, do Tim Maia; Eu Só Quero um Xodó, interpretada por Gilberto Gil; Mentiras, da Adriana Calcanhotto; Espumas ao vento, com o Fagner; Flores, dos Titãs com a participação da Marisa Monte; Dois, do Paulo Ricardo; uma versão específica de Doce Vampiro da Rita Lee que sempre me dava medo; Pra Dizer Adeus, também dos Titãs; Cheia de Charme, do Guilherme Arantes; e Lenha, do Zeca Baleiro.
Eu consigo visualizar esse CD na minha mente só de pensar nele. Ouvi essa sequência de músicas tantas vezes que consigo me lembrar mais ou menos a ordem, e quando alguma delas toca no meu celular - que tem músicas baixadas organizadas por ordem alfabética - o meu cérebro automaticamente completa o fim da música com o início da próxima, na ordem do CD. E eu acho isso incrível.
Imitanto Tim Maia
Outra das músicas no Mis Prediletas era uma versão de Um dia de domingo em dueto: Tim Maia e Gal Costa. Quando comecei a usar streamings, eu sequer conhecia outras versões dessa música e penei pra encontrar no Spotify a versão que estava acostumada a ouvir.
Uma das coisas mais bonitas nessa versão é o contraste da voz da Gal com o vozeirão do Tim Maia, e até uma criança pode perceber isso, porque numa das muitas vezes em que ouvíamos essa música no carro, aconteceu uma coisa engraçadíssima.
Meu irmão Artur, que na época devia ter uns cinco anos, tentou cantar junto. Mas tentou cantar imitando o Tim Maia, engrossando a voz nas partes dele. Então tentem imaginar a cena: um carro com cinco pessoas dentro, a música tocando no aparelho de som, e um garotinho engrossando a voz pra cantar Eu preciso te falaaaaar...
Eu ainda dou umas risadas quando lembro disso.
A fita do Legião
Além de muitos CDs, meu pai tinha também algumas fitas cassete que sobreviveram à chegada da mídia seguinte. O carro dele teve um rádio com entrada pra fita durante alguns anos, mas depois meu pai trocou esse rádio por um que tinha entrada pra CD, e depois, por um que só tem entrada USB e é usado até hoje.
Mas em casa, durante a minha infância, nós podíamos ouvir as fitas do meu pai em um aparelho de som grandão, daqueles com espaço para colocar três CDs ao mesmo tempo e alternar entre eles. Procurei imagens no Google pra tentar ilustrar essa lembrança e encontrei isso:
Entre as fitas do meu pai, a única que interessava a mim e aos meus irmãos era uma do Legião Urbana, e eu me lembro de ficar deitada no chão do quarto do meu irmão, que era onde ficava esse aparelho de som, e ficar em silêncio ouvindo as músicas e tentando decorar as letras de Metal Contra as Nuvens e Faroeste Caboclo.
Meu pai deu um fim naquele som quando nos mudamos daquela casa depois que ele e minha mãe se separaram. E como nunca encontrei a fita do Legião junto com as outras fitas e os CDs que meu pai guarda em caixas de papelão até hoje, desconfio que ela nunca tenha sido tirada dentro do aparelho, e que foi embora para ninguém sabe onde, junto com ele.
Chico Buarque e John Lennon
Eu comecei a gostar de Beatles na adolescência, e mais uma vez foi meu pai que influenciou esse gosto. Mas como a banda acabou muito antes de eu sequer existir, na época em que comecei a escutar, havia um monte de coisas sobre eles que eu ainda não sabia.
Quando tinha 16 anos, ganhei o livro Essa história está diferente. É uma antologia de contos organizada por Ronaldo Bressane e reúne histórias inspiradas em músicas de Chico Buarque.
E o que o Chico tem a ver com o John? Acontece que um dos contos desse livro se chama A mulher dos meus sonhos e outros sonhos, e faz referências diretas à música Outros sonhos. No conto, um homem com o poder de tornar impossíveis todas as coisas com que sonha à noite tenta a todo custo evitar que, em seus sonhos, uma certa mulher goste dele. Porque graças ao poder dele, se isso acontecer no sonho, nunca vai acontecer na vida real. Vocês entenderam.
E bem na primeira página do conto, o protagonista-narrador cita Imagine, afirmando "[...] não me surpreende que aquele que a escreveu e a cantava tenha acabado com o corpo cheio de balas, porque não é conveniente propor certas coisas, abrir certas portas.". Eu estava deitada no sofá na casa do meu pai e parei de ler na mesma hora, chocada com a informação nova que tinha acabado de receber.
Meu pai estava no quarto dele, bem perto da sala, e dali de onde estava, chamei em voz alta pra perguntar: "Pai! Como foi que o John Lennon morreu?"
Quando tudo fez sentido
Eu cresci ouvindo músicas que nem sempre entendia. Algumas vezes porque realmente não tinha idade suficiente pra isso; outras, porque nunca tinha parado pra pensar nas letras.
Quando tinha 13 anos, li em um livro a palavra "epitáfio" e não soube o que queria dizer. Nessas horas, eu era incentivada a procurar a palavra estranha no dicionário, então foi o que fiz, e lembro até hoje que a resposta dada pelo Aurélio foi "inscrição tumular". Liguei uns pontos na minha cabeça e entendi que eram aquelas frases em lápides de cemitérios.
Então, pela primeira vez, eu entendi a música dos Titãs que também tem esse nome.
Ficar doidão
Além do meu pai, outra pessoa que influenciou muito meu gosto musical foi meu irmão Jiuliano. Quando eu era criança, ele tinha vários daqueles DVDs piratas que eram coletâneas de clipes, e assistindo a isso, eu aprendi a gostar de hip hop, pop e R&B.
Muitas dessas músicas falavam de crimes, drogas, dinheiro e sexo, e eu nem sempre entendia. Não só porque todas eram em inglês e os clipes não vinham com legenda, mas porque às vezes, nem mesmo as imagens na TV eram claras para uma criança.
Em algum desses DVDs, havia um clipe que eu e meus irmãos achávamos muito engraçado. Because I Got High mostrava coisas malucas acontecendo com dois caras que cantavam de um jeito esquisito, repetindo palavras e sílabas. E a gente ria um monte assistindo isso sem ter a menor ideia do que estavam cantando.
Tudo isso sumiu das minhas lembranças por muito tempo, até que um dia ouvi essa música nos stories do Instagram, em um contexto inusitado. Era um vídeo em que um gato de apartamento, desses que recebem visitas de babá de gato, estava bem doidão com sua catnip, a erva dos gatos. Adivinhem que música tocava no vídeo. Sim, Because I Got High. E finalmente eu entendi a música.
Aquela música que esqueci o nome
Por volta de 2010, Stereo Love tocava em todo lugar. Você pode não se lembrar desse nome, mas com certeza se lembra da batida dessa música. Ela tocava em todo lugar mesmo. Nas rádios, em propagandas de televisão, carros de som e também no meu programa de clipes favorito, o TVZ do Multishow.
A letra não é nada demais. Descreve um relacionamento incerto, em que as pessoas envolvidas não sabem se ainda vai durar muito tempo, mas estão muito atraídas uma pela outra. O clipe também não é diferente dos de outras músicas do mesmo tipo. Mostra um homem e uma mulher não tão bonitos assim, separados, em um cenário paradisíaco, até que eles se encontram no final, dando a entender que vão ficar juntos.
Mas a batida é viciante. Fica na cabeça. Eu não lembro se naquela época já se usava a expressão "chiclete" pra falar de uma música que não sai da cabeça, mas essa com certeza era assim. Mas depois de alguns meses, ela sumiu, como sempre acontece com os hits chiclete. Parou de tocar nos lugares, mas não saiu da minha cabeça. E o problema é que eu queria muito voltar a ouvir essa música, não sabia o nome dela, não sabia quem cantava e não sabia cantar nem escrever uma só frase da letra. Só conseguia me lembrar daquele som que tocava em todo lugar.
Isso durou anos. Eu quis ouvir essa música de novo por muito tempo, até que um dia me lembrei que a mulher que cantava tinha um nome diferente diferentão que eu sempre lia no programa de clipes: Vika Jigulina. Com um Google, eu encontrei a música que morou na minha cabeça por anos. E sim, eu tenho ela favoritada no Spotify.
Descobertas da madrugada
Tenho insônia desde os 13 anos. Muitas vezes, à noite, eu deito e permaneço acordada; ou então, perco o sono no meio da noite e posso demorar horas para dormir de novo. De lá até aqui, já testei inúmeros métodos caseiros para pegar no sono. E até hoje, nada funcionou tão bem como ouvir música.
Acabei descobrindo isso meio sem querer, porque minha primeira tentativa foi ler até sentir sono. Naquela época, eu só lia livros impressos, então imaginem quantas broncas já ouvi por ficar com a luz acesa até tarde da noite. Sem poder ler e sem ter o que fazer enquanto não sentia sono, foi natural colocar no celular um fone de ouvido daqueles ruinzinhos que machucavam a orelha e ligar o rádio.
Eu fiz isso por muito tempo e ainda faço hoje em dia, mas não uso mais o aplicativo de rádio do celular, e sim o Spotify no modo offline, que toca minhas músicas favoritadas em ordem aleatória.
Mas até alguns anos atrás, meu ritual de tentar dormir envolvia a surpresa de acompanhar o que estivesse sendo transmitido na minha rádio favorita, ainda que eu tivesse uma ideia do tipo de música que tocava. De madrugada, sempre havia alguma coisa inesperada, e descobri várias músicas legais desse jeito. Acontece que eu nem sempre conseguia prestar atenção por tempo suficiente para ouvir o nome da música e o nome de quem cantava - isso quando havia um locutor para anunciar. Se quisesse encontrar aquela música depois, muitas vezes eu tinha que abrir o bloco de notas do celular e anotar uma frase para pesquisar depois.
Numa dessas noites, ouvi uma versão maravilhosa de Sentado À Beira do Caminho. Eu já conhecia a música, porque ela tocava no carro do meu pai, mas nunca tinha gostado do Erasmo Carlos cantando. Aquela versão que ouvi na rádio era interpretada por uma mulher, com uma voz chorosa que passava bem o tom dramático da música e deixava tudo emocionante. Mas, se o nome dela foi anunciado em algum momento, eu não ouvi; ou então esqueci.
A partir daquela madrugada, eu tinha uma nova obsessão.
Tentei perguntar para o meu pai, mas ele não se lembrava de alguma mulher já ter interpretado aquela música. Tentei pesquisar no YouTube, e assisti inúmeros vídeos, inclusive aqueles com slides bregas de imagens retiradas do Google. Nada. Nenhum sinal da versão que eu tinha ouvido. Tentei ficar atenta durante outras madrugadas, esperando que a canção fosse tocada de novo na rádio, mas se isso aconteceu alguma vez, eu devia estar dormindo, pois nunca ouvi.
Só consegui solucionar o mistério quando comecei a usar o Spotify, alguns anos atrás. Um dia, me lembrei da versão da música que eu tinha procurado por tanto tempo, e joguei o nome Sentado À Beira do Caminho na busca do meu aplicativo no computador. Encontrei uma lista de resultados e me obriguei a ouvir todos, um por um, até encontrar. E eu achei! Minha versão é interpretada por Leila Pinheiro, uma artista completamente desconhecida pra mim, e está no álbum Identidade, de 2002. Desde então, está favoritada para que eu possa ouvir de novo sempre que quiser. Recomendo que ouçam também, pois é mesmo muito bonita.
Mensagem de orgulho
Eu já contei que produzi um programa de rádio por mais de dois anos? Pois é. Enquanto estudava Jornalismo, participei por vários semestres seguidos de uma disciplina prática em que estudantes faziam programas experimentais na Rádio Universitária, desde o planejamento da pauta, passando por produção de roteiros e entrevistas até a locução, que acontecia ao vivo.
No programa do qual eu participava, o Matéria Prima, já tive que fazer um monte de coisas diferentes. Desde escolher as músicas que seriam tocadas no dia até entrevistar médicos, advogados e pesquisadores.
Uma vez, em 2017, meus colegas decidiram fazer um programa inteiro de Orgulho LGBT, com editorial, notícias, reportagens, entrevistas e músicas que abordavam o tema e as vivências do "povo animado" sob vários aspectos. E coube a mim fazer uma reportagem sobre os estereótipos nocivos que colaboram na invisibilização de pessoas bissexuais.
Naquela época, eu estava longe de me assumir. Na verdade, eu nem sabia que era bi, pois só me entendi assim no ano seguinte, e ninguém tinha como imaginar. Mas eu acho que essa pauta veio pra mim por algum motivo. Sempre que penso em momentos que foram definitivos na compreensão da minha orientação sexual, eu penso no cuidado com que estudei e me preparei para aquela reportagem. Acho, inclusive, que ter feito essa pesquisa me preparou para saber o que o mundo podia reservar pra mim enquanto uma pessoa na comunidade LGBT.
Escrevi sobre a visão negativa que muitas pessoas, dentro e fora da comunidade, têm de pessoas bi. Listei alguns dos estereótipos reforçados pela mídia, principalmente em filmes e séries. Rebati todas as coisas negativas, deixando claro que eram baseadas em preconceito. Meu roteiro incluía uma música de fundo, que em rádio chamamos de background ou BG, e eu precisava de uma música para tocar em volume alto no final. Eu queria algo que fosse bonito, forte, e conversasse com o tom do texto. Acabei escolhendo Born This Way, da Lady Gaga.
No dia que o programa foi ao ar, estávamos todos nervosos e ansiosos, porque era raro fazermos edições temáticas. Não sei se foi por isso ou pelo quanto me esforcei na produção do roteiro, ou se houve algum outro motivo, mas acabei me emocionando durante a locução. E ouvir a mensagem de orgulho da Gaga, no final de tudo, foi mágico.
É claro que a música passou a ter um significado ainda mais forte depois que me descobri. Mas sempre que ouço, eu penso naquele dia.
Músicas de novela
Como contei numa edição anterior da news, eu já fui muito noveleira. E até alguns anos atrás, assistir novela era minha principal forma de conhecer música "nova". Digo nova entre aspas porque trilha sonora de novela costuma ter as músicas do momento e também trazer versões repaginadas ou mesmo originais de músicas bem anteriores.
Na minha infância, meu pai teve um CD com a trilha internacional da novela Belíssima, que eu devo ter ouvido um milhão de vezes. Nesse CD estava Quelqu'un M'a Dit, uma música de Carla Bruni em francês da qual eu não entendo uma só palavra, mas acho tudo bonito.
A novela Lado a Lado, que é uma das minhas favoritas, tinha uma versão linda de O mundo é moinho interpretada pela Beth Carvalho. Um monte de pessoas já grravaram essa música, mas essa é a versão que eu mais gosto.
São inúmeras as músicas que eu já baixei no celular só porque tocavam nas novelas. Dava pra fazer uma playlist inteira só com elas. Algumas delas eram os "temas" dos casais principais e eu costumava ouvir sofrendo como se fosse um dos personagens.
Mas a música mais curiosa dessa minha fase noveleira é uma música que eu nem sei explicar direito por que gosto tanto. Eu não conhecia a cantora antes e nunca ouvi nenhuma outra música dela depois. Estou falando de Coisas que eu sei, de Dani Carlos. Era trilha da novela Duas Caras, e eu cheguei a pedir um CD da novela de presente só pra poder ouvir a música mais vezes. Eu ainda tenho esse CD e ele ainda funciona.
Essa novela não tinha nada demais, e a personagem pra quem a música tocava, também não. Mas por algum motivo, eu gostava muito dela. Acho que me identificava em algum nível com a forma que o eu-lírico da música se descreve, e uma pessoa, ouvindo essa música, me disse que tinha mesmo a ver comigo.
Atualizações
Não tenho quase nenhuma, pois meus últimos dias têm sido bem corridos no trabalho. Falta só um mês para a Bienal e eu não paro de pensar em como vai ser incrível, em todas as pessoas que vou ter a chance de ver e como estou ansiosa. Cheguei a sonhar com um arrastão numa estação de metrô, e só o medo que estou sentindo de andar sozinha em São Paulo pode explicar isso.
Ainda não estoou escrevendo e postei um pequeno desabafo sobre isso no Instagram. Recebi uns comentários legais, mas ainda não consegui responder ninguém.
Continuo lendo os mesmos livros desde a edição anterior - pois é, as leituras andam lentas, e nos últimos dias, furei meu rodízio de streamings para fazer uma maratona de filmes na Mubi. Eu tinha perdido o prazo pra cancelar antes do fim dos meus 30 dias grátis no início de maio, e assim, tive que pagar a mensalidade e decidi manter a assinatura por mais um mês. Pelo menos estou aproveitando pra ver tudo de interessante que eu tinha enfiado na minha lista.
Recomendações
Como só falei de música nessa edição, que tal se todas as minhas recomendações forem também musicais?
Meu pai envia pra várias pessoas, todos os dias, dois ou três links de vídeos de música no YouTube. Quando eu tinha mais tempo livre, fiz uma playlist com algumas delas e você pode ouvir aqui.
Essa playlist com músicas de novela tem uma seleção pra todos os gostos que me deixou com vontade de reassistir várias das novelas dos anos 2000.
Descobri muita coisa legal nessa playlist só de músicas citadas em livros - e eu nunca teria ouvido a maioria delas se não fosse desse jeito.
Listei as minhas favoritas do Caetano Veloso bem aqui e me orgulho muito dessa curadoria.
Espero que tenham gostado das histórias e sentido curiosidade pra ouvir alguma coisa do que citei aqui!
Um abraço,
Lethycia