É negra, não morena - Uma mulher que escreve #79
Identidade, pertencimento e como caí em prantos depois de escrever a cena mais difícil do meu romance
Olá, pessoas que leem!
O texto de hoje vai ser muito, muito pessoal. Eu normalmente evitaria tocar nesse assunto, mas tenho a crença de que aquilo que a gente escreve acaba inevitavelmente carregando um pouco de nós em maior ou menor quantidade, e na última semana, tive uma dose bem forte disso com o meu romance.
Então, hoje vou falar bastante de mim e das semelhanças que carrego com uma das minhas protagonistas. Pega um café ou uma água e vai lendo com calma.
Se eu pudesse resumir meu pertencimento étnico-racial em duas frases, faria uma citação direta da sinopse do livro Quando Me Descobri Negra, de Bianca Santana. Ela já começa dizendo:
Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena.
Eu nasci numa família miscigenada, tanto no lado materno quanto paterno, mas é no lado da minha mãe que a variedade de fenótipos fica mais evidente, por causa da quantidade de filhos que meus avós tiveram. E apesar de a pele marrom da avó Hilda, a pele branca do vô Antônio e os olhos claros de ambos terem se distribuído ao sabor da genética nas gerações seguintes, parece que a gente, enquanto uma grande família com muitos filhos, netos e bisnetos, nunca conversou sobre isso.
Na minha casa, também não. Embora fôssemos uma mãe branca, um pai negro e três filhos cada um com um tom de pele diferente, a gente não falava do que isso significava, se isso dizia alguma coisa sobre as nossas vidas. Eu lembro da minha mãe falar que dizia pro meu irmão mais velho o quanto ele era bonito, que a pele morena dele não era um defeito.
Eu não vejo um erro nessa fala dela, porque parece que essa palavra sempre esteve aqui na nossa família, que todos de nós que haviam “puxado” a cor da vó Hilda eram morenos. Eu também era, e de alguma forma, na minha cabeça, isso significava alguma coisa intermediária, nem negra e nem branca, um tipo de meio-termo. Por isso, quando respondia a algum tipo de formulário, eu sempre preenchia a opção “Parda” no campo de Cor/Raça/Etnia, porque achava que deveria ser o nome formal para como me descreviam e como eu tinha aprendido a me ver.
O problema dos meios-termos às vezes é justamente essa impossibilidade de ser uma coisa ou outra, de saber de onde se vem, porque parece que você simplesmente não é.
Da minha infância até o início da minha vida adulta, não se falava de questões raciais em nenhum lugar que eu frequentasse e muito menos na mídia. O máximo que se falava de pessoas negras na escola era sobre a escravidão, e parecia que tinha ficado tudo bem depois que ela foi abolida, porque nunca mais se falou em negros nos meus livros de História do Ensino Fundamental e Médio. Eu sabia que existia racismo, mas achava que só dizia respeito a jogadores de futebol sendo ofendidos em estádios ou às situações na música do Gabriel O Pensador, que meu irmão ouvia muito. Racismo eram as coisas que aconteciam com o Chris, de Todo mundo odeia o Chris, mas esse tipo de coisa quase não acontecia no Brasil, imagina! O país da mistura!
Só quando entrei no Ensino Superior como estudante de Jornalismo e caí de paraquedas em aulas de sociologia e antropologia (que recebia o nome de Cultura Brasileira como disciplina, mas era antropologia pura), foi que comecei a questionar várias das coisas que eu tinha aprendido fosse porque estavam nos livros didáticos, fosse porque parecia que todo mundo pensava assim, então deveria ser verdade.
Descobri que no Brasil havia um conflito racial profundo e que só parecia mais agravado por essa ideia de democracia racial, porque aí ninguém precisa fazer nada pra tentar resolver um problema se todos dizem o tempo todo que esse problema não existe. Entendi que negros e indígenas ainda estavam vivendo consequências de todos aqueles séculos de desumanização e marginalidade, e que, dependendo de onde se vive, essas duas condições ainda são a regra.
Mas ainda levei um tempo pra entender o que isso tudo tinha a ver comigo. Eu tinha passado a vida inteira ouvindo que era morena e achava que isso era algo diferente de ser negra, até que, em disciplinas práticas, passei a ser elencada para cobrir pautas específicas sobre negritude e relações raciais, e achei que isso queria dizer alguma coisa sobre a forma como meus colegas com alguma consciência social me viam.
A forma como eu me via também mudou. Em algum momento entendi que falar “Aquele rapaz moreno” ou “Você sabe que isso é porque você é morena, né?”, era um tipo de eufemismo para evitar o uso da palavra "negro”, porque, de alguma forma, o senso comum leva a gente a acreditar que chamar alguém de negro é uma ofensa.
Eu acho essa uma das características mais cruéis do racismo à brasileira, porque nem permite que as pessoas entendam a si mesmas. E assim, a gente passa a vida se chamando por outros nomes, sem fazer a conexão entre nossos familiares, sem traçar uma linha imaginária entre nós e os nossos avós e os avós deles e aquelas pessoas negras escravizadas no nosso livro de História.
Este ano, durante a pesquisa que fiz para a escrita do meu romance, descobri pelo livro Sociologia do negro brasileiro, de Clóvis Moura, que no Censo de 1980, pessoas não-brancas - e eu sei que isso não engloba somente negros, mas é o recorte feito pelo autor - mencionaram 136 palavras diferentes de negro ou preto para definir a própria cor, tamanho o estigma criado em torno do negro. O autor analisa bem essa multiplicidade de termos:
Essa elite de poder que se autoidentifica como branca escolheu, como tipo ideal, representativo da superioridade étnica em nossa sociedade, o branco europeu e, em contrapartida, como tipo negativo, inferior, étnica e culturalmente, o negro. […] O total de cento e trinta e seis cores bem demonstra como o brasileiro foge da sua realidade étnica, da sua identidade, procurando, através de simbolismos de fuga, situar-se o mais próximo possível do modelo tido como superior.
Moura, Clovis. Sociologia do negro brasileiro (Palavras Negras) (p. 94). Editora Perspectiva S/A. Edição do Kindle.
E embora anos tenham se passado entre aquele meu período na universidade e essa leitura, eu meio que já intuía esse processo de inferiorização social e cultural, de outras leituras ou de conversas com outras pessoas negras.
Mas, resumindo, em algum momento durante os meus tempos de estudante, eu me vi como negra e passei a buscar por leituras e contato pessoal que pudessem me ajudar a me ver mais, me entender mais e pertencer mais. A literatura ajudou. Nos livros encontrei personagens que tinham passado anos alisando o cabelo e precisado de um tempo para voltar a ver beleza nos cachos, como eu. Encontrei os relatos de quem vivia coisas que eu não vivia, mas que desejava entender melhor, como a violência policial; e sentimentos que eu entendia muito bem, como o de exclusão social de quem vive numa periferia.
Mas eu nunca encontrei uma experiência tão próxima da minha, e acho que quando comecei a pensar no enredo do meu primeiro romance, isso foi o que mais pesou. Primeiro, de forma inconsciente. Depois, de um jeito conscientemente doloroso.
No meio de 2020, eu estava encerrada em casa durante uma pandemia e começando a encarar a ideia de que as pessoas que me pediam uma continuação de Mesmo que eu vá embora não eram loucas. Camila e Helena eram duas personagens tão especiais pra mim que mereciam uma nova história, cabia a mim decidir o que aconteceria com elas depois daquele "adeus” na rodoviária.
Mas em Mesmo que eu vá embora só temos a perspectiva da Camila, e eu estava interessada em conhecer melhor a Helena. Saber quem ela era pelos olhos dela mesma. Foi assim que decidi que 1) Helena teria seu ponto de vista narrado nessa nova história; e 2) talvez ela não fosse exatamente como Camila a vê.
Na época, eu estava consumindo bastante conteúdo sobre literatura negra e representação de personagens negros e conversando com outros escritores negros, e tinha compreendido que mesmo que uma história de ficção não seja especificamente sobre racismo, um protagonista negro vai viver em algum momento questões ligadas ao fato de ser negro, porque mesmo que você ignore esse fato, a sociedade não te deixa esquecer dele.
E eu tinha um problema, que era o fato de Mesmo que eu vá embora ser uma história docinha e açucarada, onde ninguém sofria nada. Claro, Camila tinha a angústia de não ter certeza se Helena também gostava dela, e o fato de precisar voltar para casa dentro de poucos dias. Mas antes mesmo de escrever, quando imaginei essas duas garotas apaixonadas à distância, eu já tinha decidido que essa seria uma história sem alguns dos problemas típicos de ser uma pessoa LGBT: ninguém estaria sofrendo pra se aceitar ou sair do armário, ninguém seria rejeitada pela família - pelo menos, não por esse motivo - ninguém sofreria lesbofobia. Só felicidade. Um enredo possível apenas para uma narrativa muito, muito curta com resolução de conflito muito rápida.
Para uma continuação em forma de romance, eu precisava de mais.
Foi então que entendi que só na superficialidade é que as minhas protagonistas poderiam aparentar não ter nenhum conflito interno, e que isso também se aplicava à negritude de Helena, que no conto é citada bem casualmente - porque foi casualmente mesmo que eu decidi que ela seria negra - e que era impossível uma personagem não viver questões ligadas a isso numa história que se passa no Brasil, ainda mais sendo essa personagem da região Sul, uma região que é conhecida por ter recebido maior população de imigrantes europeus e que enfatiza bastante essa memória, quase como se ali não houvesse pessoas negras e indígenas.
O manual de Assis Brasil que eu li em 2021, Escrever Ficção, me dizia que eu deveria focar no personagem, então foi o que eu fiz. Mergulhei em Helena e em Camila, fiz todas as perguntas que eu precisava fazer a elas e descobri quem elas eram para poder contar sua nova história. E assim eu decidi que o conflito de Helena seria ligado à sua identidade racial, e que ela, assim como eu, viveria essa desconfortável experiência de só na vida adulta se questionar se a forma como se via não estava equivocada. Camila também tem um ponto de vista e um conflito próprio no romance, sobre o qual eu espero falar numa outra edição.
Comecei a escrever a primeira versão do romance em 2021, mas acabei parando para escrever e publicar Antes que as dores te sufoquem, e no ano passado, percebi que aquele primeiro rascunho que eu não conseguia finalizar tinha erros demais e que a história precisava ser replanejada. Assim, entrei em 2023 disposta a começar do zero. Fazer um novo roteiro, repensando vários dos acontecimentos daquela primeira versão, e reescrever tudo para enfim poder chegar ao final. Foi por isso que passei boa parte do ano lendo livros de ficção e não ficção que falavam de identidade, pertencimento, embranquecimento e autoimagem de pessoas negras, e sinto que, em parte, essa era uma das coisas que me faltavam naquela primeira versão.
Na segunda-feira da semana passada, escrevi a cena mais difícil do meu romance - ainda sem título - que já aparecia meio nebulosa na minha mente desde aqueles primeiros insights em 2020, e que desde 2021 eu sabia que seria complicada de trabalhar. Vou tentar resumir aqui sem dar spoiler:
Depois de viver experiências que a fazem questionar profundamente a própria identidade, além de duas duas perdas (em diferentes sentidos) que a abalam emocionalmente, Helena volta para a casa de seus pais, numa cidade pequena de Santa Catarina, e ali, tem uma conversa delicada com a mãe sobre o porquê de sua identidade sempre ter sido negada a ela. É então que a mãe conta a ela pela primeira vez o quanto já foi ofendida e maltratada por ser uma mulher negra e como algumas pessoas deixavam claro que ela não era bem-vinda por perto, e que ela havia acreditado que a filha com pele mais clara não sofreria as mesmas coisas que ela, sem imaginar os olhares e comentários que Helena encontraria na faculdade e no mercado de trabalho, e como não conhecer a própria identidade deixaria a filha vulnerável a tudo isso.
Eu introduzi essa cena no meu rascunho do Google Docs na sexta-feira, dia 17 de novembro, mas escrevi a maior parte dela mesmo no próximo dia útil, segunda-feira, dia 20 de novembro. Eu contei em edições passadas que tenho escrito pelo celular, durante o horário de almoço, não é? Sem dinheiro suficiente pra gastar em restaurante e nem tempo pra ir comer em casa, eu levo marmita, e a “cozinha” no meu trabalho é uma sala nos fundos com uma mesa circular e algumas cadeiras, uma mesa retangular menor onde ficam o filtro, a garrafa de café e outros utensílios, e no canto, uma geladeira com um microondas em cima. Às vezes, meus colegas de trabalho estão junto e a gente conversa ou fica cada um olhando a tela do próprio celular. Outras vezes, meus colegas almoçam em casa ou na rua e eu fico sozinha até dar meu horário de voltar ao trabalho.
Nesse dia, eu estava sozinha, e como a boa introvertida que sou, agradeço por isso, porque enquanto escrevia, senti várias vezes que meus olhos iam se enchendo de lágrimas durante o relato da mãe de Helena. As ideias estavam fluindo e eu digitava rápido, sentindo que conseguiria finalizar a cena e talvez também o capítulo antes das 13h. Eu tinha essa cena planejada no meu roteiro, mas sem detalhes de como ela deveria acontecer, e sentia que estava no caminho certo porque cada frase me emocionava ao mesmo tempo em que soava verdadeira para as personagens.
E quando coloquei o ponto final, eu desabei. Caí no choro ali mesmo, sentindo uma coisa que não sabia se vinha especificamente da história, do que tinha acabado de escrever, do fato de ter concluído aquela cena, ou de algum lugar dentro de mim mesma. E como se não bastasse chorar sem saber bem o motivo, eu também não conseguia parar. Fiquei assim por algum tempo, torcendo muito para que ninguém chegasse, pois assim eu teria que dizer o que estava acontecendo, e aos poucos consegui me acalmar, secar as lágrimas e sair dali sem dar chance a ninguém de perceber que eu tinha chorado.
Mas passei o resto do dia pensando nisso, no porquê de essa cena ter me impactado tanto e no simbolismo de uma coisa como essa ter acontecido logo no Dia da Consciência Negra. Acho que, de alguma forma, eu criei todo o conflito de identidade da Helena porque precisava de uma história na qual eu pudesse ver a minha própria sensação de não-pertencimento e busca por compreensão, e também porque talvez precisasse me curar de alguma coisa.
Não sei se a segunda parte funcionou, mas sei que a primeira está dando muito certo.
Ainda no dia 20, fiz um post no meu Instagram sobre esse mesmo assunto.
Para quem tem dificuldade de entender como a visão das outras pessoas sobre nós pode gerar um entendimento confuso sobre a nossa identidade racial, eu recomendo muito o documentário Pequena mentira branca (2014), que está disponível no Prime Video.
E, se você leu Mesmo que eu vá embora e ainda te resta alguma dúvida, sim, eu estou há três anos tentando dar a quem me lê a continuação que o casal Camilena merece!
Eu nem vou abrir aqui o subtítulo “As últimas” que normalmente uso para destacar minhas atualizações de escrita, já que esta edição inteira foi sobre o que eu escrevi na semana passada. Só vou dizer que continuo escrevendo bastante e já passei das 15 mil palavras em nobembro. Minha meta do #NaNoCLT (11 mil) foi ultrapassada no dia 17, dois dias depois do envio da última edição regular.
Além disso, durante o final de semana foram revelados os finalistas do Prêmio Litera 2023, um prêmio de voto popular organizado online pelo perfil tt literário. De todas as paradas do mundo é finalista nas categorias Melhor Capa de 2023, Melhor Lançamento Independente BR de 2023 e Melhor Livro LGBTQIA+ de 2023. Logo deve ser liberado o formulário de votação, pelo Twitter, e eu conto com os votos de vocês!
Um aviso
Se você acompanha Uma mulher que escreve há mais de um ano, já deve saber que eu sempre faço um recesso de fim de ano, pegando as festas de dezembro e o comecinho de janeiro. Pra quem chegou há menos tempo, já fica aqui a informação.
Esta news tem periodicidade quinzenal, e como esta edição chega para vocês em 29 de novembro, a próxima virá em 13 de dezembro. Será a última de 2023 e vai ter conteúdo especial, com um textinho que já estou preparando! Depois disso, a gente se lê de novo em 10 de janeiro.
Li, ouvi e assisti
Estou perto de acabar Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, e ainda lendo Medo Imortal. Li por inteiro o conto Tudo o que nós temos, de Dayane Borges, uma narrativa epistolar baseada em e-mails que a protagonista, Dominique, envia para um colega de escola. Dominique mora na periferia de São Paulo e estuda como bolsista em um colégio de elite, onde precisa ter um comportamento totalmente diferente do que tem no próprio bairro. Ela se sente deslocada, como se não pertencesse a nenhum dos dois lugares, e vive a dicotomia de precisar mudar a si mesma para se encaixar, e ainda assim, saber que não se encaixa. Em seguida a essa história, comecei a ler Notas de um filho nativo, de James Baldwin, com vários ensaios sobre literatura, cinema e política. Ainda estou bem no início, mas gostando bastante.
Nas últimas duas semanas, ouvi trilhas sonoras de animações da Disney nas playlists Disney Hits e Disney Português - BR e nos álbuns Princesas Disney 2 e Disney Vilões. É bem engraçado pensar que passei tardes e mais tardes no trabalho escrevendo notícias super sérias enquanto ouvia a voz dublada da Rapunzel cantando que enfim viu a luz brilhar.
No podcast Rádio Novelo Apresenta, ouvi na semana passada uma história doida sobre alguém que se passou por outra pessoa na internet, pelo ponto de vista de quem teve a própria imagem e nome utilizados indevidamente, por anos, e foi várias vezes localizada por outras pessoas que também foram enganadas a partir desse uso indevido. Ouça aqui.
Assisti Chicago (2002) pela primeira vez e fiquei fascinada por Roxie Hart e Velma Kelly, e já sei que essa é outra trilha sonora que vou acabar ouvindo quando menos esperar. Está disponível na Netflix.
Vi pelo Globoplay o curta Falas Negras Apresenta: Histórias Impossíveis (2023), que faz uma crítica metalinguística aos estereótipos de pessoas negras na televisão e no cinema brasileiros. No filme, uma roteirista viaja para uma fazenda colonial onde ela e os outros roteiristas farão um tipo de imersão para o projeto em que estão trabalhando. Ela é a única pessoa negra ali, exceto pelos empregados da fazenda, que parecem muito felizes em servir o tempo todo. Uma vibe bem Get Out.
Eu fico por aqui.
Um abraço,
Lethycia Dias
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